VOO 1661 - RECIFE/RIO

Domingo, 14 de março, O XVI CONGRESSO NACIONAL havia terminado. Estávamos voltando para casa, felizes, alimentadas espiritualmente e saudosas dos nossos que aqui nos aguardavam. Na ida fizemos viagem excelente e essa, esperávamos assim, seria a mesma coisa e chegaríamos ao Rio, no máximo, às 22h30. A tripulação era a mesma que nos levou e até nos reconheceu. Na ida, éramos 13 pessoas, mas 3 ficaram mais uns dias na cidade maravilhosa que é Recife e agora éramos 10 mulheres. Já dentro da aeronave, fomos informados de que a decolagem iria demorar um pouco, pois o Aeroporto Tom Jobin estava fechado devido às fortes chuvas do Rio, mas não demorou muito e, dada a permissão, começou nossa viagem de volta. Serviram um "lanchinho muito do sem vergonha" (mas eu me amarro em lanche servido em avião, por pior que seja) e nossa viagem continuou... nisto avistamos luzes e pensei: chegamos sem problemas ao Rio ... O piloto informou que o avião estava se preparando para descer, mas... subitamente... embicou e subiu ... Não entendi nada. O piloto, então nos avisou que ficaríamos sobrevoando Maricá até ter a permissão para descer no Rio. A esta altura as luzes sumiram lá em baixo ... O avião começou a balançar terrivelmente; relâmpagos cruzavam os céus entrecortados com negras nuvens . Foi assim muito tempo ... O piloto apenas, com pequenos intervalos, pedia calma. Este foi um dos milagres: todas nós ficamos tranquilas e calmas, apesar do medo e da consciência do perigo! Estávamos exaustas ... Em nosso grupo todas já haviam entrado nos "entas". Uma ou duas eram novatas e estavam em quarenta, mas a maioria era composta de veteranas: cinquenta... sessenta e até... setenta. Nossas costas e pernas doiam em virtude do tempo passado no Congresso. Haviamos abusado da comida ... e, assim, a pressão, colesterol, glicose haviam subido em demasia. Apesar disso tudo, nos sentimos guardadas por Deus sabendo que " Ele é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia" e "ainda que andássemos pelo vale da sombra da morte não temeríamos mal algum porque Ele estava conosco". Somente orávamos para que Deus guardasse os nossos que nos esperavam no aeroporto. Enquanto isso, aqui no Rio... a angústia não era menor. Determinada hora mandaram que aqueles que estavam esperando passageiros do voo 1661 fossem até ao guichê da Companhia Aérea. Minha irmã não teve coragem de ir, mas o Sr. Artur foi. Eles então informaram que o avião já havia ido até Guarulhos, voltado ao Rio e agora estava indo novamente para Guarulhos. (Eu, no avião pensava que ele estava sobrevoando Maricá, apesar do longo tempo decorrido). Finalmente, o piloto nos avisou que havia recebido ordem para ir a Guarulhos para abastecer. Encurtando fomos para Guarulhos, desembarcamos e após algum tempo, embarcamos para o Rio de Janeiro. Eu que pensava estar em casa, estourando, às 23h30 ... cheguei somente às 06h00. Mas no aeroporto do Rio, nos abraçamos e oramos agradecidas ao Senhor por nos ter feito sentir o tempo todo Sua Amorosa e Poderosa Mão segurando a nossa débil e fraca mão.

Foram, portanto, 2 milagres realizados por Deus, no voo 1661:

a tranquilidade nossa

e a chegada do avião sem acidentes.

DEUS NOS GUARDE