AS GERAÇÕES SE ENCONTRAM

Impressionante como as diferenças de idade vão diminuindo com o passar dos anos. Quando o André nasceu eu tinha 35 anos. Então, por muito tempo, ele foi pra mim um menino muito amado - o meu menino! Eu me lembro que, quando ele era bem pequeno, um dia eu perguntei: André, quando eu ficar velha, você vai mandar sua mulher cuidar de mim? Ele, com energia e prontamente respondeu: NÃO! Eu me surpreendi e, ele, logo acrescentou: QUEM VAI CUIDAR DE VOCÊ SOU EU! E sabe que tem sido assim? No outro dia faltou luz no bairro e ele sabe que eu não gosto do escuro... logo ele me telefonou: TIA! A FALTA DE LUZ É GERAL! NÃO FIQUE PREOCUPADA! Engraçado que ele, em criança em chamava de Nena e somente há uns 3 anos passou a me chamar de Tia. Eu, não gosto deste tratamento. Todo mundo é tia e as pessoas não sabem o nome de ninguém. Devo confessar, porém, que este tratamento dado pelo André soa aos meus ouvidos como um carinhoso título. Mas, voltemos ä diferença de idade. Eu constatei que não há mais este abismo de geração entre o André e eu, ao lhe mandar um desses pps que fala de coisas do passado... Sabe o que ele me respondeu? TIA EU ME LEMBRO DESSE SECADOR ARNO COR DE ROSA DENTRO DA MALETA QUE A SENHORA TINHA! O André, agora, já está fazendo parte de minha geração, pois quando as lembranças são comuns é sinal de que vivemos experiências juntos! Perdi um menino, mas ganhei um grande companheiro adulto. Isto é muito bom!