Mãe Tu em (és) poesia.
Acho que te surpreendo.
Não formal, de rima ou piegas.
Simples e ingênua
como tu.
A rude vida não venceu Ternura imensa.
Sem palavras adocicadas ou fáceis mimos,
Os cuidados diários
Não escondiam
Ternura imensa .
A mão que nos cobria,
A porta à noite semi cerrada,
Do prato preferido
A porção guardada.
Ternura imensa.
Macarrão com feijão.
Feijão com arroz, como nunca mais!
Ternura imensa.
Gestos contidos, medidas iguais.
Aos quatro. Aos cinco.
Ternura imensa.
Tão diferente,
Tão necessária, porção insubstituível
Ao seu oposto.
Pai e mãe, um. Não revelada
Ternura imensa.
Dedos furados, olhos cansados,
Capricho em alinhavos não apreendidos ...
Ternura imensa.
Com o coração aos pulos, temor-e-respeitos nos olhos
- 'licença, mãe - Revelo-te, agora ...
Ternura imensa .
(a) Elenice Arruda
2 ° lugar no Concurso de Prosa e Poesia, sobre o tema MÃE Promovido pela Federação de SAFs do Rio em maio de 2007

Nenhum comentário:
Postar um comentário